sexta-feira, 29 de novembro de 2013

RESULTADO DAS ESCOLAS DE MACAÉ NO CONCURSO

 BÚ! HISTÓRIAS DE MEDO E CORAGEM

As escolas finalistas são E.E.M. Fantina de Mello e E.E.M. Fazenda Santa Maria no concurso do Projeto Bú! Histórias de Medo e Coragem . Abaixo, apresentamos os textos na íntegra. Boa leitura!

As histórias foram digitadas sem revisão de texto.
A Maldição da Mula


Escola: EEM Fantina de Mello
Professora: Elaine de Oliveira da Fonseca Alves
Autores: Catarina Freitas N. Rasma – 12 anos – Série: 5° ano
                 Millena Freitas N. Rasma – 10 anos – Série: 4° ano

Existe um lugar onde nunca penso em pisar. Este lugar se chama Portal, um sítio, bem no meio de uma mata. Seu dono, um senhor baixo, com cabelos brancos e longas barbas brancas, falta-lhe ainda muitos dentes na boca, e enormes verrugas principalmente não região do nariz.
Seu nome é Sr Maldonato, até o nome assusta, parece mal do mato.
Todo mundo que nesse sitio trabalha, jura que coisas estranhas acontecem ao anoitecer. Dizem que um portal se abre no meio de uma enorme árvore de tronco muito grosso, uma figueira centenária. Nenhum dos trabalhadores teve coragem de se aproximar da arvore e descobrir o que tem nesse portal.
Sabe-se que durante a noite quando se escuta o pio da coruja está anunciando a chegada da mula. Esta sai do portal no tronco da figueira, com muitas correntes penduradas no pescoço.
Ela sai na madrugada pelo povoado, arrastando suas correntes, fazendo sair riscas de fogo pelas ruas.
Os moradores ficam muito assustados com o barulho, dizem que os que tiveram a curiosidade de abrir as janelas e olhar diretamente a mula, ficaram loucos, outros perderam a visão ou até morreram alguns dias depois.
Essa mula carrega uma terrível maldição. Falam os mais antigos que essa mula, era uma linda moça que morava nesse sitio.
Ela se apaixonou perdidamente pelo seu padrinho. Esse amor proibido ficou em segredo durante algum tempo.
Mas a madrinha descobriu tudo, e rogou-lhe uma terrível praga:
-Maldita seja! Que se torne uma mula e vague por toda eternidade nas ruas desse povoado.
A moça não era mais bem-vinda à casa de sua madrinha, envergonhada e decepcionada ela não tinha para onde ir. Acorrentou-se numa árvore e morreu.
Muito cuidado, se escutar a noite o trote de uma mula e o barulho de correntes sendo arrastadas, nunca olhe, pois nunca se sabe o que pode acontecer.



A Armadilha da Morte

Escola: EEM Fazenda Santa Maria
Professora: Adriane da Silva Lima
Autores: Juliane Novaes de Sá – 11 anos – Série: 5° ano
                 Marcelly Reis Cordeiro – 11 anos – Série: 5° ano

Na antiga Macaé, onde muitos morriam por causa da peste negra, três amigas fizeram um pacto, juraram ficar sempre juntas, proteger umas as outras e acabar com a morte.
Saíram para uma viagem e caminharam muito até encontrar um velho muito estranho, parecia um mendigo.
- Que Deus as proteja! – disse o velho.
A mais orgulhosa das três não agradeceu a benção do velho.
- Seu azarado. Como conseguiu viver tanto?
- Não encontrei ninguém que quisesse trocar sua juventude por minha velhice. Gosto da vida simples e a morte jamais quis me levar. Vou lhes dar um conselho, não sejam assim tão rude com as pessoas idosas. Elas precisam de carinho e atenção. Agora preciso partir. Adeus.
- Seu velho mentiroso aposto que você é amigo da morte. Diga-nos onde ela está para que possamos derrota-la. – disse a outra menina.
- Bem. Se vocês querem tanto encontrar a morte é só virar aquela esquina sentar sob uma figueira que fica bem no meio da encruzilhada e aguardar.
As meninas foram até a figueira e entre suas raízes encontraram um grande baú repleto de moedas, a mais orgulhosa disse.
- Achado não é roubado, esse tesouro nos pertence. Vamos nos dividir, duas ficam aqui tomando conta do tesouro enquanto a outra vai buscar um lanche.
A mais nova se propôs a comprar o lanche, enquanto caminhava rumo a lanchonete as outras duas resolveram roubar sua parte do tesouro, combinaram de matá-la logo assim que voltasse. Entretanto a mais nova também teve uma ideia terrível.
- Bem que eu poderia ficar com o tesouro só pra mim, para isso preciso me livrar das outras.
Então foi até a farmácia e comprou um vidro de veneno fortíssimo. Colocou dentro de uma garrafa de suco e voltou. Assim que chegou perto das amigas foi morta por elas.
- Agora vamos fazer um brinde a nossa fortuna!
Beberam o suco envenenado e morreram instantaneamente. Foi assim que a morte saiu mais uma vez vencedora, levando consigo as três jovens, enquanto o velho continuou vivendo em sua calma sabedoria.
Dizem que o tesou ainda se encontra no pé da figueira a espera de jovens ambiciosos que muitas vezes caem nas terríveis armadilhas da morte.

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