quarta-feira, 16 de outubro de 2013

VI Encontro de Contadores de Histórias de Macaé


Entre laços e tecidos,
entre sustos e arrepios, 
nos detalhes dos pincéis,
aventurando-se pelos rios...

Viajando de avião, de carroça ou de chapéu
sem rumo ou intenção, 
nas asas de um dragão
alcanço até o céu.

A leitura é convite.
Um cardápio de sabores.
E se boas histórias quiser ouvir...
Venha ao Encontro de Contadores!




Poeminhas...





A FOCA
(Vinicius de Moraes)

Quer ver a foca
Ficar feliz?
É por uma bola
No seu nariz.

Quer ver a foca
Bater palminha?
É dar a ela
Uma sardinha.

Quer ver a foca
Fazer uma briga?
É espetar ela
Bem na barriga!

No meio do caminho tinha... Carlos Drummond de Andrade


Este consagrado poeta brasileiro nasceu em Itabira, Minas Gerais no ano de 1902. Tornou-se, pelo conjunto de sua obra, um dos principais representantes da literatura brasileira do século XX.
Concretizou seus estudos em Belo Horizonte, e, neste mesmo local, deu início a sua carreira de redator, na imprensa.  Também trabalhou por vários anos como funcionário público.
Seus poemas abordam assuntos do dia a dia, e contam com uma boa dose de pessimismo e ironia diante da vida. Em suas obras, há aindauma permanente ligação com o meio e obras politizadas. Além das poesias, escreveu diversas crônicas e contos.

Os principais temas retratados nas poesias de Drummond são: conflito social, a família e os amigos, a existência humana, a visão sarcástica do mundo e das pessoas e as lembranças da terra natal.

Dentre suas obras poéticas mais importantes destacam-se: Brejo das Almas, Sentimento do Mundo, José, Lição de Coisas, Viola de Bolso, Claro Enigma, Fazendeiro do Ar, A Vida Passada a Limpo e Novos Poemas,

Talentoso também na prosa, tem suas prosas reunidas nos seguintes volumes: Confissões de Minas, Contos de Aprendiz, Passeios na Ilha e Fala Amendoeira.

Na década de 1980 lançou as seguintes obras: A Paixão Medida, que  contém 28 poemas inéditos; Caso do Vestido (1983); Corpo (1984); Amar se aprende amando (1985) e Poesia Errante (1988).

Faleceu em 17 de agosto de 1987, no Rio de Janeiro, doze dias após a morte de sua filha única.





"No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra."

Cronograma de atendimento às Unidades Escolares


Era uma vez...

Calendário de atendimento - Mês de Outubro


* Dia 08/10 - CIEP 058 Municipalizado Oscar Cordeiro
                      CIEP 058 Municipalizado Oscar Cordeiro

* Dia 09/10 - CIEP 058 Municipalizado Oscar Cordeiro
                      CIEP 058 Municipalizado Oscar Cordeiro

* Dia 10/10 - CIEP 058 Municipalizado Oscar Cordeiro
                      CIEP 058 Municipalizado Oscar Cordeiro

* Dia 11/10 - CIEP 058 Municipalizado Oscar Cordeiro
                      CIEP 058 Municipalizado Oscar Cordeiro

* Dia 16/10 - C.M. Profª Maria Isabel Damasceno Simão
                      C.M. Profª Maria Isabel Damasceno Simão

* Dia 17/10 - C.M. Profª Maria Isabel Damasceno Simão
                      C.M. Profª Maria Isabel Damasceno Simão

* Dia 18/10 - C.M. Profª Maria Isabel Damasceno Simão
                      C.M. Profª Maria Isabel Damasceno Simão

* Dia 22/10 - C.M. Profª Elza Ibrahim
                      C.M. Profª Elza Ibrahim

* Dia 24/10 - VI  ENCONTRO DE CONTADORES DE HISTÓRIAS DE MACAÉ

* Dia 25/10 - C.M. Profª Elza Ibrahim
                      C.M. Profª Elza Ibrahim

* Dia 29/10 - C.M. Profª Elza Ibrahim
                      C.M. Profª Elza Ibrahim

* Dia 30/10 - C.M. Profª Maria Letícia Santos Carvalho
                      C.M. Profª Maria Letícia Santos Carvalho

* Dia 31/10 - C.M. Profª Maria Letícia Santos Carvalho
                      C.M. Profª Maria Letícia Santos Carvalho

1º Turno / 2º Turno



Lenda - João Girá




Essa lenda conta que o menino João Girá foi castigado pela sua tia Jiló porque matava passarinho com sua atiradeira. Ela para puni-lo deixou-o sem o almoço. O menino ainda assim matou outra ave para comer, uma vez que tinha ficado sem almoço. O passarinho, que estava na barriga dele, quis sair. Então saiu, explodindo a barriga do menino. 





Vinagre... a lenda.


  • Nessa lenda, um pescador chamado Vinagre é chamado para socorrer um barco que afundara. Ele vai em seu barco para salvar quem estivesse em perigo. Ao chegar a um determinado local, ele encontra um náufrago pedindo socorro. O homem, que estava na água, entrega a Vinagre um pacote de dinheiro. Vinagre pega o pacote de dinheiro e chuta o náufrago, expulsando-o de sua tentativa de salvar-se. Antes de morrer, o náufrago amaldiçoa Vinagre, dizendo: “Maldito, também vai morrer afogado”. Rico, Vinagre não vai mais à praia, com medo de morrer. Mas, certo dia, conta a lenda, que ele perdeu a chave de casa, numa tarde chuvosa. Tonto e assustado, desmaiou e afogou-se numa poça de água. Assim, a maldição do náufrago realizou-se e Vinagre, que havia rejeitado salvar o homem, morreu afogado.



Motta Coqueiro - lenda ou veracidade?


Contribuição do Professor Rodrigo Araujo para nosso acervo de lendas e histórias de Macaé.

http://www.verbo21.com.br/v6/index.php/resenhasensaiosmaio/171-macae-a-lenda-de-motta-coqueiro-e-a-maldicao-por-rodrigo-da-costa-araujo



Sinta medo! Se puder...



A loira da Ponte

Quando a ponte velha de Macaé-RJ existia e era o único caminho para ir do Centro da Cidade à Barra,  havia uma moça loira, muito linda e seu maior sonho era se casar. Arranjou um noivo rico e logo tratou de arranjar um vestido, ela procurou em todos os lugares até que encontrou um, este vestido parecia que tinha sido feito para ela, era como se houvesse uma ligação entre os dois. Ela comprou o vestido, que não foi barato. Só que a felicidade dela iria durar pouco porque quando a moça voltava da loja de vestidos o motorista perdeu o controle e o ônibus caiu da ponte, todos conseguiram sair para a superfície, a noiva que já estava em terra quando se deu conta que tinha esquecido do vestido no ônibus resolveu nadar até lá, ela foi ... só que não voltou. Seu corpo nunca mais foi achado. Até aí é verdade, agora vem a lenda. Vários motoristas na madrugada dizem ter visto uma noiva loira caminhando pela ponte velha e outros dizem vê - la pedindo carona na nova ponte que corta o Rio Macaé e que é bem maior que a velha.

(Lenda macaense)




Ficou com medo, foi?

Vai uma papa, aí?


PAPA LAMBIDA

            Nas ruas de Macaé, quando menos se esperava ouvia-se esse barulho:  tilim, tilim,tilim,tilim...Era o vendedor de papas de milho que vinha com seu tabuleiro.
            Os mais gulosos corriam para comprar papas.  Os mais medrosos corriam para se esconderem do famoso Papa Lambida.  É que o vendedor tinha uma aparência muita estranha.  E as mães viviam dizendo para as crianças:
            _Olha que o Papa Lambida  vai te pegar!
            É isso mesmo, o vendedor de papas era horrível e assustador.  E as mães viviam ameaçando as crianças quando elas faziam alguma coisa de errado.
             Mas não foi por causa disso que ele ficou famoso não!  A pobre criatura morava com sua esposa numa casa bem humilde.  E vivia de fazer papas de milho para vender no centro da cidade.
             A mulher preparava o tabuleiro de papas e depois cortava em pedaços, colocava no tabuleiro e contava quantos havia e dizia:
            _Anda infeliz!  Vá vender as papas! E olha, que eu sei quantos pedaços tem aí.  Não vai comer nem um pedacinho!
            _Ora mulher, só um pedacinho, vai?  _pedia ele.
            _Deixa de ser esfomeado. Precisamos de dinheiro.
            Cheio de desejo, o pobre homem, não conseguia resistir.  Olhava para a papa e pensava na sua mulher.  Então ele teve um uma grande idéia.
            _Ora, se eu não posso comer as papas, ao menos, posso sentir seu sabor. Se eu der uma lambidela em cada uma delas eu acabo com a minha vontade.
            E uma, a uma, todas as papas eram lambidas.  E depois colocadas no tabuleiro e lá ia ele tocando o seu sininho: tilim, tilim,tilim...
            Em pouco tempo o tabuleiro ficava vazio.  E Papa Lambida voltava para casa e buscava mais papas.  Elas eram tão gostosas, tão gostosas que as  mulheres da cidade viviam pedindo a receita.  E o homem não fazia questão de dar não.  Só que nenhuma papa feita pelas mulheres se comparava em sabor aquelas vendidas por Papa Lambida.  Porque o ingrediente final só ele tinha e não revelava.
            Muito tempo depois, até descobriram.  Mas as pessoas já estavam viciadas e ninguém conseguia resisitir a uma deliciosa papa lambida!


Lenda Macaense copilada por Maria Georgina de Souza








segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Lenda - Porquinha de tamancos


PORQUINHA DE TAMANCOS


(Essa história aconteceu na Serra de Macaé)
            Havia uma menina chamada Tetê, por certo muito levada que conversava com seu amigo Mateus a respeito da tal porquinha de tamancos.
            __ Mateus, você ouvir falar na porquinha de tamancos?
            __ Não.
            Minha avó conta que essa porca selvagem existe e ela é enorme, feia, com dentes grandes e barulhentos que se esconde atrás da moita esperando criança e adultos que perambulam pela noite sujando e desmatando a mata e quando encontra, ela ataca correndo atrás com seus dentes enormes.
            Nesse momento, Mateus escuta um barulho estranho vindo da mata como se fosse som de tamancos.
            É que Tetê havia aprontado uma surpresa para Matheus. Pegou uma porquinha do quintal de sua casa e colocou os tamancos de sua avó nela.
            Quando Matheus viu aquilo, ficou assustado e com medo. Mas nesse mesmo instante, a mãe de Tetê grita da janela:
            __ Tetê, onde estão os tamancos de sua avó?
            Mateus percebe que foi enganado por Tetê e fica furioso.
            Mas enquanto o menino briga com Tetê, esta avista a verdadeira porquinha de tamanco.
            Assustada a menina tenta chamar a atenção de Mateus que aceita ser mais uma das brincadeiras de Tetê.
            Porém Tetê sai correndo de medo então Mateus vira-se e vê a verdadeira porquinha selvagem que com os olhos arregalados e aqueles dentes enormes sai correndo atrás dos dois...
            _ Socorro!...



Lenda do Solar dos Mellos

Adaptada por Cristina, Elisângela e Giselle – Grupo Historiarte




Lendas... Nossas histórias...

Em comemoração ao Bicentenário de Macaé, relembramos das lendas e histórias de nossa cidade.


Lenda de Santana

Macaé é uma cidade erguida entre o mar e as Serras. E entre o mar e a serra existe um pequeno morro chamado Morro de Santana, de onde podemos avistar o mar, com suas belas ilhas e a serra com suas belas montanhas.
Conta a lenda que ali  naquele no morro, os Padres Jesuítas, construíram um pequeno santuário para abrigar a imagem de Santana e prometeram que em breve construiriam uma igreja para ela.
Mas o tempo passava e nada da igreja ficar pronta!
Em uma das ilhas, chamada Ilha do Francês, que por sinal era a maior, morava um pescador francês que era apaixonado na ilha e sonhava fazer lá uma colônia de pescadores com os colegas. Mas para isso precisava de força superior para protegê-los. Todos eram devotos de Nossa Senhora de Santana que dava nome ao morro onde ficava o pequeno santuário.
Então eles tiveram uma ideia de construírem na ilha a igreja que os Padres Jesuítas haviam planejado de construir no morro. Mas para isso seria necessário que a Santa se manifestasse favoravelmente e os padres se convencessem de que ela preferia a ilha.
Um belo dia, os padres ao visitarem o Santuário, não encontraram a imagem de Nossa Senhora de Santana. No altar, apenas a toalha bordada a ouro o forrava.
Naquele tempo ninguém imaginava haver a menor possibilidade da santa ter sido roubada. Pois as pessoas não aceitavam a profanação, não acreditava que tal ato poderia ser praticado contra a santidade. O que teria acontecido então?
Dias se passaram sem ninguém dar por sabido o paradeiro da santa, até que um pescador ao chegar da ilha anunciou o feliz achado. A santa estava na ilha do Francês. Então os Jesuítas pediram aos pescadores que fossem buscá-la.

Lá vão os pescadores
de volta para o mar
em busca de Santana 
que não queria voltar!

Os pescadores retornaram e entregaram a imagem aos Jesuítas que a colocaram no lugar.
Passado algum tempo, quando ninguém mais se lembrava do acontecido a santa desapareceu outra vez. Os Jesuítas, desta vez, tranquilos, foram ao porto pedir aos pescadores que fossem buscar a santa na ilha.

Lá vão os pescadores
de volta para o mar
em busca de Santana 
que não queria voltar!

Os pescadores novamente entregaram a imagem aos Jesuítas. Mas estava claro que a santa ia para lá com seus próprios pés.
E pela terceira vez ela fugiu para a ilha.

Lá vão os pescadores
de volta para o mar
em busca de Santana 
que não queria voltar!

E assim os pescadores tentaram convencer os jesuítas a construírem a igreja lá no local de seu aparecimento.
mas os Jesuítas não foram convencidos e resolveram fazer um acordo tripartite, isto é, um acordo entre padres, pescadores e a santa: a Ilha do Francês ganharia o nome da santa, que até hoje se chama Ilha de Santana: a ilha ao lado que não tinha nome se chamaria Ilha do Francês e a igreja seria construída no morro, conforme o desejo dos padres.
E assim foi feito. Os Jesuítas estavam convencidos na paixão da Santa pela ilha, e por via das dúvidas, apesar do acordo, construíram a igreja de costas para a ilha, para que quando a porta estivesse aberta, a ilha não fosse vista e a santa fugisse novamente para matar a saudade.
Os Jesuítas ficaram satisfeitos, os pescadores aceitaram de bom grado o acordo. Mas a Santa, essa ninguém sabe. Porque nem havia completado um século de acordo, ela desapareceu da igreja pela quarta vez.
O zelador da igreja acredita que ela foi roubada. Mas em vista do passado eu acredito que a santa fugiu.

Lá vão os pescadores
de volta para o mar
em busca de Santana 
que não queria voltar!


(Lenda macaense adaptada por Maria Georgina de Souza)





sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Meu querido Professor...

Para comemorar esta data tão importante e especial que é o Dia do Professor, o cordel de César Obeid , da E.E. Santinho Carnavale vem nos presentear.


Oitavas para o Mestre 
(Por César Obeid)

Em oitavas bem rimadas
Vou fazer minha homenagem
Pra quem usa da coragem
Quando exerce a profissão
Todo mestre quando ensina
 Na função de educador 
Já mistura amor e dor
Pra vibrar o coração.

Professor de hoje em dia
Sem perder o otimismo
Faz até malabarismo
Pra prender a atenção
Do aluno tão disperso
Que na aula está presente
Mas o pensamento ausente 
Leva a mente à imensidão.

Mestre, além de ensinar
Corre, pula, dança e canta
E até força a garganta
Pra ensinar o combinado
Mesmo com baixos salários
Seu esforço vai além
E se o país não vai bem
Ele é o primeiro culpado.

Todo mestre tem um mestre
Que também um mestre tinha
Isso é claro como a linha
Que divide o arrebol
O saber segue girando
E a arte continua
Como o sol depois da lua
E a lua depois do sol.

Quando escrevo essas oitavas
Lembro dos mestres que tive
Cada qual ainda vive
Dentro das minhas lembranças
E até hoje quando encontro
Algum deles pela frente
Num segundo vem à mente
Só carinho e esperanças.

Dia 15 de outubro
Eu desejo ao educador
Uma vida com amor
Muitas aulas pela frente
Que a saúde não lhe falte
E que sobre alegria 
Pra ensinar com maestria
Todos jovens pela frente.



Reportagem retirada da Revista: "Coleção Saberes da Educação - A revista do professor." (Ed. Minuano  Cultural)