quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Para refletir...





"Se não morre aquele que escreve um livro 
ou planta uma árvore,
com mais razão, não morre o educador,
que semeia vida e escreve na alma."

(Jean Piaget)




segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Leia! Sonhe!





Ano novo, Vida nova


Boas histórias para contar!
Assim começa nosso ano letivo. Com a participação do Grupo HistoriArte na Oficina oferecida aos professores das novas Unidades Escolares que serão inauguradas.
Na oficina os professores puderam refletir sobre a importância das histórias na sala de aula, na conversa cotidiana, na construção das histórias da nossa vida...
Trocaram idéias sobre atividades, conheceram novas histórias e a adequação a cada faixa etária. Bem como os elementos necessários para uma boa narração.
Perceberam também a influência da oralidade no desenvolvimento cognitivo das crianças e a contribuição da contação de histórias para a relação da criança com a leitura.
























Vida longa e sucesso aos novos professores!

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Era uma vez...


A criança cria seu próprio mundo de fantasia a partir dos dois anos de idade. Nele vivem seres imaginários com poderes especiais.




Entender a realidade em que vivem e aprender a lidar com questões cotidianas muitas vezes não é tarefa fácil para os pequenos.Então eles criam o seu universo, onde tudo é possível, e nele podem conviver com os seus pensamentos e soltar a imaginação. Normalmente surge um amigo imaginário com quem a criança conversa o dia todo. Existem também alguns monstros que permeiam os cantos mais obscuros do quarto e que lhe causam medo. Porém o mais importante de tudo: sejam boazinhas ou maldosinhas, essas criações do imaginário infantil estão presentes para ajudá-las a desenvolver seus sentimentos e relacionamentos nessa fase tão bacana da vida.
Especialmente para pais, mães e cuidadores saberem lidar melhor com as emoções das crianças, o psicólogo de São Paulo Tiago Lupoli, pós graduado em clínica psicanalítica, integrante do Grupo de Estudos em Psicanálise e também colaborador da equipe APREHENDERE - Tecnologias em Desenvolvimento Humano, responde às principais questões.

* De que maneira podemos definir esse mundo em que a criança cria super-heróis, fadas e monstros?
Tiago Lupoli: Trata-se do universo lúdico. Se dá de acordo com a capacidade da criança em lidar com suas emoções e angústias. Muitos viram mitos populares, outros são frutos dos desenhos animados. Surge na maioria das crianças como forma de explorar o que elas sentem e de expressar aos que as rodeiam aquilo que estão vivendo: medos, angústias, tristezas, dificuldades e fantasias.




* Por que ele é tão importante para o desenvolvimento emocional e cognitivo dos pequenos?
T.L.: Porque o campo lúdico possui portas abertas para a criança entrar. Ela se sente à vontade ali, pois ele "fala sua língua" e lhe traz segurança para enfrentar as dificuldades da constituição de sua personalidade, no âmbito daquilo que lhe causa temor. É o caminho mais adaptado e convergente com o amadurecimento da criança.

* Quando uma criança diz que tem um amigo imaginário, qual deve ser a atitude dos pais?
T.L.: Entender a demanda desse amigo imaginário: quando o seu surgimento se deu e o que ocorria no mundo dela e da família naquele momento, quando ele se faz presente e qual a sua interferência na vida desse pequeno. Caso esse comportamento não impeça o filho de manter as atividades de vida diária (comer, dormir, brincar, ir á escola etc.), não é algo para se preocupar, pois provavelmente irá desaparecer com o amadurecimento.



*Podemos incentivar "criaturas imaginárias" como a fada do dente, por exemplo, quando os dentinhos começam a cair? Por quê?
T.L: A maioria das famílias incentiva tais criaturas em nossa cultura. Os pais devem usá-las para a educação infantil, para descrever limites, comportamentos adequados, fases da vida que estão por vir. Não é fácil para a criança lidar com mudança corporal e com o que poderá enfrentar com os dentes que caem (dor, sangue, "janelinhas" na boca, provocações dos colegas, etc.) É importante que os pais possam caminhar ao lado dos filhos, dando-lhes segurança no enfrentamento dessas dificuldades.




*Como ensinar as crianças a lidar com os medos: escuro, trovões, palhaços e outros "seres" visíveis ou invisíveis?
T.L: Com presença e parceria. Trocando e compartilhando experiências. Isso conforta e lhes traz segurança. Os fenômenos da natureza, do corpo humano e da vida social, as fantasias e seres imaginários assustam, principalmente nas primeiras aparições. Quanto mais esse novo for traumatizante, mais difícil será de se lidar. Sozinha, a criança dificilmente conseguirá superar o medo e a angústia. Os pais podem colaborar com suas experiências, explorando a realidade de cada fato vivido que gerou medo.




PRESENÇA, NÃO PRESENTE

Para Tiago Lupoli, vivemos em um tempo em que os brinquedos e equipamentos eletrônicos modernos garantem a distração das crianças. "Mas nada equivale à presença, ao respeito e ao carinho dos pais. As crianças não dão a devida relevância a um SMS. Por vezes, nem os adultos conseguem tal proeza", explica. A comunicação deve ser constante, pessoal e repleta de troca, e transbordante de paciência e escuta. O ensinamento acontece mais pelo ouvir do que pela imposição de regras e limites. "Escutar o que as crianças dizem com as suas fantasias é uma chave importante no processo de desenvolvimento emocional, educacional e dos valores rumo à constituição da personalidade delas", finaliza o especialista.